Dia 19 de abril, celebra-se tradicionalmente o Dia do Índio. Infelizmente, a data ainda tem sido tratada de forma genérica e superficial. Alguns especialistas defendem também que deveria ser nomeado como Dia da Diversidade Indígena ou Dia dos Povos Indígenas. De qualquer forma, não podemos esquecer que essas datas têm uma simbologia e cumprem um papel para trazer à luz importantes questões para discussão sobre nossa história e ancestralidade, assim como nos permitem entrar em contato com essa diversidade cultural que nos constitui.
Para contribuir com essa reflexão, convidamos você a conhecer de uma forma diferente a atuação do projeto Povos, que a Petrobras realiza junto a comunidades indígenas em Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba. Quem irá falar sobre o projeto são os próprios comunitários. O vídeo é inteiro falado em guarani (com legendas em português).
No vídeo, lideranças da Comissão Guarani Yyvurupa (CGY), organização que representa os povos Guarani no Sul e Sudeste do Brasil, falam sobre a importância do Projeto Povos para as aldeias e celebram o protagonismo indígena no mapeamento de seus territórios em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Assista em: https://vimeo.com/362635513
Sobre o Projeto Povos
O Projeto de Caracterização de Comunidades Tradicionais, nomeado pelos comunitários realizadores de Projeto Povos, atua na caracterização de comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras em Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba e é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama .
O projeto levantará os impactos da indústria do petróleo e gás nessas comunidades e sua situação atual em relação a: regularização fundiária do território, saúde, educação, saneamento, acesso à água, práticas culturais, festas populares, trabalho e renda, segurança alimentar, modos de organização......e outros temas escolhidos pelas comunidades, com o auxílio técnico de pesquisadores da Fiocruz. A comunidade decide o que quer caracterizar e quais informações quer ou não que se tornem públicas. Ela também escolhe e constrói a metodologia (qual tipo de mapeamento) que será utilizada .
O projeto engloba 7 comunidades indígenas, que são:
- Terra Indígena Sapukai (Bracuí) – Angra dos Reis;
- Terra Indígena Tekoa Guyra’i tapu / Araponga (Forquilha) - Paraty;
- Aldeia Arandu Mirim (Saco do Mamanguá) – Paraty;
- Terra Indígena Itaxi Mirim (Paraty-Mirim) – Paraty;
- Aldeia Jahape (Rio Pequeno) – Paraty;
- Terra Indígena Jaexaa Porã / Boa Vista (Prumirim) – Ubatuba;
- Aldeia Renascer Wutu Gauçu (Corcovado) – Ubatuba.
A execução é realizada pela FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) e pelo Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), na figura do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), em parceria com a FIOTEC (Fundação de apoio à Fiocruz).
A data
O Dia do Índio, celebrado no Brasil em 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas em 1943. A data de 19 de abril foi proposta, em 1940 pelas lideranças indígenas do continente que participaram do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América.
A data pode ser considerada como um motivo de reflexão sobre os valores culturais dos povos indígenas e a importância da preservação e respeito a esses valores.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_%C3%8Dndio