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25 de abril é Dia do Pinguim, a ave marinha que não voa

Atualizado em 17/04/2023

Postado em 23/04/2021

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É reconfortante ver pinguins voltando para o mar assim, não é? Isso é fruto de muito trabalho das equipes do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BS), executado pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama. O PMP-BS atua no registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de animais marinhos encontrados nos municípios litorâneos de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, entre Paraty e Araruama.

Entre 2015 e 2020, o projeto já registrou mais de 25 mil pinguins. Os animais são da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), comum nas Ilhas Malvinas, Argentina e Chile, e realizam anualmente movimentos migratórios sazonais para o Brasil entre os meses de junho a novembro. Santa Catarina é o estado com maior incidência, com o registro de 14.819 pinguins; seguido de São Paulo com 5.311, Paraná com 4.022 e Rio de Janeiro com 516.


A ave sendo tratada no Centro de Reabilitação

Os animais encontrados pelas equipes muitas vezes são resgatados debilitados, machucados e exaustos. Dados do PMP-BS indicam algumas causas recorrentes, como: indivíduos jovens que ficam pelo caminho por cansaço ou por se perderem do grupo nas correntes marítimas, animais que se enroscam em petrechos de pesca ou ingerem lixo (como plástico), causando lesões fatais.

Eles passam por tratamento veterinário e, após a reabilitação, retornam ao habitat natural. Eles são soltos preferencialmente em bandos de no mínimo 10 indivíduos, entre os meses de novembro/dezembro, época em que as correntes marinhas ajudam no retorno destes animais ao seu local de origem.

Dia do Pinguim

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25 de abril é comemorado o Dia do Pinguim. A data foi criada para promover a conservação das espécies ameaçadas pela poluição, pesca e mudanças climáticas. Existem 18 espécies de pinguins no mundo e há indícios de animais com até 1,5 metro de altura!

Os pinguins são encontrados desde a congelante Antártida, no polo sul, até as praias ensolaradas das Ilhas Galápagos, no Equador. Eles são desajeitados em terra e parecem que vão cair a qualquer momento quando estão andando. Mas, é só entrar na água que as aves se transformam em verdadeiros torpedos. Com o bater das asas, como se estivessem voando de baixo d’água, se deslocam rapidamente e conseguem capturar peixes com extrema velocidade.

 

 

A plumagem impermeável os protege de águas muito frias e sua coloração escura nas costas permite uma camuflagem com o fundo oceânico escuro e quando visto de baixo sua coloração branca na barriga pode ser confundida com a luz da superfície, assim, os pinguins se protegem dos predadores e têm um maior sucesso com as presas.

Também são conhecidos pela fidelidade entre os casais. Além disso, o macho reveza com a fêmea a responsabilidade pelo cuidado com os ovos: enquanto um está de olho, outro vai em busca de alimento.

Os pinguins permanecem na água durante a época não reprodutiva, entre os meses de abril e setembro. “Nesta época, eles saem em busca de alimento se aventurando por distâncias mais longas, podendo chegar até o nosso litoral sudeste. Alimentam-se de peixes, cefalópodes (polvos e lulas) e pequenos crustáceos”, detalha a bióloga Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do Trecho 10 do PMP-BS, entre Ubatuba e São Sebastião, no litoral de São Paulo.

Curiosidades dessa ave simpática

  •     Pinguim é ave, mas não voa.
  •     Além de comer peixes e crustáceos, os pinguins podem beber água do mar.
  •     O mais profundo mergulho de pinguim já registrado foi de impressionantes 564 metros.
  •     No lugar dos dentes, os pinguins têm espinhas carnudas dentro dos bicos que levam todo o peixe que eles comem pela garganta.

O caso do “Pinguim Três”

O “Pinguim Três” chegou ao Centro de Reabilitação e Despetrolização do Guarujá-SP, no Trecho 9 do PMP-BS, com uma fratura consolidada na coluna, que o impedia de andar.  Ele ganhou esse apelido carinhoso porque foi o 3º pinguim a chegar durante a intensa temporada de pinguins-de-Magalhães de 2020.

Como o animal não apresentou melhora esperada após os cuidados iniciais, a equipe passou a investir em terapias alternativas, como acupuntura e terapia neural. Após algumas semanas, e diversas sessões, ele já estava se mantendo em pé e caminhando. Após quase cinco meses de tratamento, o pinguim foi solto em novembro junto com um grupo de 18 pinguins.


​​​​​​​ O “pinguim três” ficou tranquilo e relaxado em todas as sessões (Terapia, a esquerda. E acupuntura a direita.

21 pinguins foram soltos em março desse ano


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21 Pinguins-de-Magalhães remanescentes da temporada de 2020 foram soltos dia 30 de março/21 na praia do Moçambique, em Florianópolis (SC). Eles foram resgatados ano passado, mas aguardavam a reabilitação total e o processo de troca das penas. Embora não seja o período de migração, é preferível liberar esses animais do que mantê-los mais tempo em cativeiro.

Encontrei um pinguim. E, agora?

Primeiro e mais importante: não o coloque no gelo!! Isso pode até matá-lo por hipotermia.

Muitos pinguins podem ser vistos no litoral brasileiro em busca de alimento durante o inverno. Às vezes encalham nas praias e podem sofrer com desnutrição, desidratação e hipotermia. O ideal é improvisar uma sombra, deixando um guarda-sol próximo e manter distância para não o estressar.

“Essa medida é importante não só para o conforto do animal, mas também para sua saúde, já que, geralmente, estão desidratados quando encalham”, explica o médico veterinário Rodrigo Valle, coordenador do Trecho 8 do PMP-BS, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Outras dicas:

  •     Não tente brincar com o pinguim, nem tente manipulá-lo. Provavelmente ele está cansado e debilitado. Qualquer gesto, mesmo de carinho, pode agravar o quadro.
  •     Não alimente. O processo de dar comida ao animal pode aumentar o estresse.
  •     Não molhe. Ele pode ter perdido a capacidade de isolamento térmico e impermeabilidade.

Saiba mais sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos abrange os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro (de Paraty até Saquarema). A extensa área a ser monitorada (mais de 1.500 km de costa) pelo PMP-BS é dividida em Área SC/PR (cuja execução é coordenada pela Univali), Área SP (cuja execução é coordenada pela empresa Mineral) e Área RJ (cuja execução é coordenada pela empresa Econservation).

O projeto, executado pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, é uma ferramenta para a gestão ambiental das atividades da companhia e entrega um resultado importante para a conservação das espécies marinhas.

A população pode participar, acionando as equipes ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelos telefones:

PMP Área SC/PR e Área SP – 0800 642-3341

PMP Área RJ – 0800 999-5151

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