Em outubro de 2024, foi avistada uma Atobá fêmea no Monumento Natural das Ilhas Cagarras pela equipe do Projeto de Monitoramento das Ilhas Costeiras (PMIC), executado pelo Instituto Mar Adentro. O registro foi realizado após cinco meses da soltura desta ave, após reabilitação realizada pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela Econservation, nos municípios de Paraty até Saquarema.

Quando avistada pela primeira vez pela equipe do PMIC, nas Ilhas Cagarras, a Atobá se encontrava em boa situação de saúde e já na companhia de um companheiro com um ninho arrumado, mas ainda sem ovos. No mês seguinte, novembro, observaram apenas o macho com os dois ovos e, quando retornaram em dezembro, a fêmea foi encontrada com um filhote já emplumado. Em fevereiro de 2025, a família já não estava mais no local.

​​​​​​O reconhecimento deste indivíduo foi graças à anilha aplicada na perna da ave, que permitiu à equipe do PMIC, consultar o Sistema Nacional de Anilhamento – SNA, banco de dados gerido pelo CEMAVE (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres), e identificar que o animal já havia sido reabilitado pelo PMP-BS. É importante destacar que a aplicação de anilha permite conhecer diversas informações tais como: o tempo de vida após a marcação, locais que habitam, rotas migratórias, tamanhos populacionais, dentre outras, que contribuem para o monitoramento e conservação das espécies.

Resgate, reabilitação e soltura realizados pelo PMP-BS
Quando a fêmea atobá-marrom foi encontrada pelo PMP-BS em abril de 2024, na Praia de Itaipuaçu em Maricá, ela estava magra, desidratada e com sinais de exaustão. A ave recebeu tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) da região e, durante o processo de reabilitação, ganhou massa muscular e conseguiu aprimorar sua capacidade de voo, sendo solta no mês seguinte, em maio de 2024.

​​​A importância da colaboração entre os projetos
Essa história de resgate, reabilitação, soltura e perpetuação da atobá, é uma das que demonstra a importância da colaboração e complementariedade entre projetos, tais como o PMP-BS e o PMIC, ambos realizados pela Petrobras, porém com diferentes metodologias e áreas de abrangência.

Saiba mais sobre o Projeto de Monitoramento das Ilhas Costeiras (PMIC)
O Projeto de Monitoramento das Ilhas Costeiras foi delineado para atendimento a condicionantes demandadas por Unidades de Conservação Federais, geridas pelo ICMBio, associadas ao processo de licenciamento ambiental da Etapa 3 do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
​​​​​​​Sobre o PMP-BS
A realização do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.