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PMP-BS: cinco anos transformando dever em realizações

Atualizado em 07/06/2023

Postado em 24/08/2020

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O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos foi definido como uma condicionante do licenciamento ambiental para empreendimentos na Bacia de Santos. O objetivo primeiro é avaliar a interferência das atividades de Exploração e Produção Offshore da Petrobras na Bacia de Santos sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário a animais vivos e necropsia dos mortos.

Na prática, o saldo do projeto é muito mais amplo. Os cerca de 2.100 km de costa monitorados entre Laguna (SC) e Saquarema (RJ) renderam, ao longo deste tempo, uma incrível massa de informações obtidas a partir dos registros e atendimentos realizados pela equipe do PMP-BS. Para dar conta de monitorar extensão territorial tão grande, o PMP-BS foi dividido em 3 áreas: SC/PR, SP e RJ. Cada área possui uma empresa responsável por sua execução, que conta ainda com a participação de 12 instituições da Rede de Encalhes de Mamíferos do Brasil (REMAB) e da Fundação Pró-TAMAR, conforme exigência do IBAMA.

A importância do projeto pode ser dimensionada por números, mas são as histórias de quem está em seu dia a dia que melhor traduzem sua riqueza e sua efetiva capacidade de transformação. Conheça no vídeo abaixo algumas dessas histórias, contadas por integrantes da equipe do PMP-BS, que hoje conta com 449 pessoas diretamente envolvidas no projeto.

#[Video_5Anos]

Dados inéditos para a ciência brasileira


Foto: Gremar

Os mais de 87 mil registros de animais já realizados pelo PMP-BS têm ajudado a aprofundar o conhecimento sobre a nossa biodiversidade, especialmente sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos.

“Os registros nos dão uma ideia da realidade da mortalidade e encalhes de animais marinhos na costa litorânea abrangida pelo projeto. Os dados servirão como uma linha de base para, futuramente, identificarmos o que faz parte da normalidade do ambiente marinho e as alterações nos padrões de encalhes”, conta André Barreto, coordenador da Área SC/PR do PMP-BS, exemplificando uma das muitas contribuições ao conhecimento científico agregado pelo projeto.

As informações qualificadas sobre os encalhes são uma ferramenta inclusive para a definição de estratégias conservacionistas mais adequadas.

Outro exemplo de contribuição é a identificação de animais migratórios que antes, devido à pouca frequência ou inexistência de monitoramento em determinadas regiões, eram considerados de baixa ocorrência ou não se sabia a época de migração, caso da espécie de ave bobo-pequeno, Puffinus puffinus.


Foto: Ipec

Um volume importante de animais foi localizado já morto durante o monitoramento ao longo destes anos. As necropsias realizadas (quando a carcaça permite) também têm trazido contribuições relevantes, ajudando a explicitar impactos decorrentes de causas humanas, seja por acidentes com embarcações (ferimentos por hélice, sinais de colisão etc.), seja por ingestão de lixo ou de petrechos de pesca.

Necropsias

Total: 6.640

Mortes naturais: 76,8%

Mortes com ligação a causas humanas: 23,2%

 

De volta à natureza


Foto: Ipec

Para 2.762 animais, o PMP-BS possibilitou a reintegração à natureza após atendimento veterinário especializado. Das 7.574 aves tratadas pelo PMP-BS em 5 anos (67% do total de animais), 2.070 aves foram devolvidas à natureza, o que representa 75% dos animais que voltaram para os oceanos graças às ações realizadas pelo projeto.

Esse é outro ponto de destaque do PMP-BS, que aprofundou o trabalho de tratamento e reabilitação de animais encontrados lesionados na rede de Rede de Atendimento Veterinário, composta por:

- 7 Centros de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos - (CRD) -Araruama (RJ), Angra dos Reis (RJ), Ubatuba (SP), Guarujá (SP), Cananéia (SP), Pontal do Paraná (PR) e Florianópolis (SC);

- 2 Centros de Reabilitação de Tartarugas Marinhas - Ubatuba (SP) e Florianópolis (SC);

- 6 Unidades de Estabilização de Animais Marinhos (UE) - Rio de Janeiro (RJ), São Sebastião (SP), Praia Grande (SP), São Francisco do Sul (SC), Penha (SC) e Laguna (SC);

- 1 Unidade de Necropsia de Mamíferos Marinhos - localizada no Rio de Janeiro (RJ);

- 1 base de apoio - Parque do Superagui (PR).

Entre as reabilitações, um dos destaques foi o atendimento a uma tartaruga abalroada por uma embarcação, em que o tratamento com célula tronco recuperou os movimentos do animal. Outros casos relevantes foram o implante maxilar em uma tartaruga e o atendimento a duas baleias vivas simultaneamente no Rio de Janeiro.

Esse balanço reflete uma pequena parte das ações do PMP-BS. Os dados coletados são de acesso público pelo sistema (SIMBA), o que tem favorecido a multiplicação de sua repercussão e a utilização em pesquisas acadêmicas (200 trabalhos científicos realizados até agora) e como subsídio a planos de manejo e tomada de decisões de órgãos ambientais.

O que fazer ao localizar animais marinhos na costa

Além do trabalho das centenas de profissionais de diversas áreas, como oceanógrafos, biólogos e veterinários, que atuam diretamente no PMP-BS, o projeto conta com a parceria das comunidades locais.

Qualquer pessoa que avistar baleias, lobos ou leões-marinhos, golfinhos, pinguins, aves e tartarugas marinhas, vivos ou mortos, em praias da costa de SC, PR, SP ou RJ, pode acionar o PMP-BS pelos fones abaixo:

PMP-BS Área SC/PR e Área SP - 0800 6423341

PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) - 0800 9995151

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