O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos realizou na manhã do dia 11/01, em parceria com o Projeto Aruanã, a soltura de uma tartaruga marinha juvenil da espécie Caretta caretta (conhecida como Cabeçuda), nas Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro.
Com 38 quilos, o animal foi resgatado em outubro do ano passado com o apoio dos pescadores do Posto 6 de Copacabana. Encontrado muito debilitado e com ferimentos, foi encaminhado ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Araruama, um dos sete centros estruturados e mantidos pelo Projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Santos (PMP-BS), onde os veterinários detectaram, ainda, uma pneumonia.
A tartaruga recebeu tratamento adequado e se alimentou de siris, camarões e peixes. Com o quadro clínico estabilizado e ganho de peso indicado, foi devolvida ao mar, no mesmo local de seu resgate.
Crédito: Caio Salles/ Projeto Verde Mar
Em risco de extinção
A espécie Caretta caretta está em risco de extinção e, no Brasil, as áreas prioritárias de desova estão no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e litoral norte do Rio de Janeiro. Um animal adulto desta espécie pode chegar a até 1,36 metro e 140 quilos.
A pesquisadora Suzana Guimarães, do Projeto Aruanã, que participou do resgate, orienta: “Ao avistar uma tartaruga marinha viva encalhada na areia da praia, não alimente e nem tente pegá-la pelas nadadeiras, pois pode machucá-la. O indicado é deixar o animal na sombra, de preferência coberto com um pano úmido, e acionar o resgate de imediato”.
Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos
Estruturado e executado pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, o PMP é o maior programa de monitoramento de praias do mundo. Atualmente, a Petrobras mantém quatro PMPs, que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua.
O PMP-BS abrange os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro. A extensa área a ser monitorada (mais de 1.500 km de costa) é divida em PMP-BS Área SC/PR (cuja execução é coordenada pela Univali), PMP-BS Área SP (cuja execução é coordenada pela empresa Mineral) e PMP-BS Área RJ (que compreende o trecho de Paraty a Saquarema e é executado pela Econservation).
O monitoramento engloba registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a gestão de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.
A população pode participar, acionando as equipes ao avistar um animal vivo ou morto, pelos telefones: