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Mais de 8.000 aves marinhas foram encontradas nas praias de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro em 2020

Atualizado em 17/04/2023

Postado em 04/03/2021

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As aves marinhas dependem dos oceanos para sobreviver e se alimentar e, em terra firme, constroem seus ninhos. Assim, estão expostas às condições marítimas, atmosféricas e interações com os seres humanos. Em 2020, mais de 8 mil aves foram encontradas nas praias de Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro pelas equipes do PMP-BS( Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos) . Destas mais de 600 aves marinhas passaram por reabilitação e foram soltas no litoral, após a reabilitação. O pinguim-de-Magalhães foi a ave marinha mais comum neste trecho do litoral brasileiro.

O PMP-BS é executado pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama. As equipes deste projeto atuam diariamente registrando a ocorrência de encalhes de animais marinhos vivos e mortos nas praias, bem como realizando análises das carcaças encontradas e prestando atendimento veterinário aos animais debilitados, buscando sua reabilitação e soltura, sempre que possível. Os grupos de animais marinhos contemplados pelo projeto são: aves, mamíferos e tartarugas.

Confira os dados por Estado:

Ação humana: grande causador de problemas aos animais que vivem nas praias e no oceano

Ações humanas são responsáveis por muitos problemas de saúde nas aves marinhas debilitadas encontradas pelo PMP-BS. Nas praias do Rio de Janeiro, 63,9% das fragatas encontradas debilitadas resgatadas pelo projeto apresentavam sinais  de ações humanas, principalmente lesões causadas por linhas de pipa com cerol e linha chilena. No litoral de São Paulo, em praias de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, grande parte das gaivotas e atobás encontrados debilitados foram diagnosticados com intoxicação alimentar, em função da ingestão de lixo que encontraram nas praias.

Um dos últimos casos registrados em dezembro/20 foi de uma gaivota com intoxicação alimentar que chegou sem conseguir se levantar em Unidade de Estabilização gerida pelo Instituto de Biopesca (IBP), instituição responsável pelo trecho entre Peruíbe e Praia Grande, mas após hidratação e medicação realizadas pela equipe, ela voltou a se apoiar nas duas pernas.

Tratamento das aves

As equipes do PMP-BS fazem o resgate dos animais marinhos encontrados debilitados durante o monitoramento de rotina e também atendem aos acionamentos realizados pela comunidade em geral e por instituições parceiras, nas praias. Estes animais resgatados são encaminhados aos centros de reabilitação ou unidades de estabilização do projeto. De maneira geral, as aves marinhas chegam a estas instalações apresentando hipotermia (temperatura abaixo do normal), hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação.

O tratamento das aves debilitadas nos centros de reabilitação e nas unidades de estabilização do PMP-BS visa propiciar a estes animais a recuperação da capacidade de movimento/voo e de alimentação espontânea, bem como o peso adequado e a integridade das penas, para que a soltura possa ser realizada com sucesso.

O tempo de tratamento nas instalações do PMP-BS varia bastante e depende do estado de saúde de cada animal, mas alguns acabam passando um tempo mais longo em tratamento, precisando, por exemplo, de exercícios para voltar a voar adequadamente ou de treinamentos específicos para voltar a caçar sozinhos.

Abaixo seguem alguns exemplos de técnicas aplicadas no tratamento de aves em instalações do PMP-BS para que possam voltar à vida livre.

Atobá em sua sessão diária de fisioterapia


O ato de fazer com que a ave suba e desça do poleiro estimula naturalmente a ave a bater suas asas, fortalecendo a musculatura de voo.

 

Receber uma “chuvinha” de mangueira estimula o Atobá ter o comportamento de usar o bico para arrumar as penas, o que proporciona a impermeabilização.

 

Botinhas protetoras


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Buscando reduzir as consequências de longos períodos em cativeiro, a equipe da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, em Penha-SC desenvolveu a técnica de “botinhas”. São curativos para evitar possíveis lesões em função dos longos períodos apoiadas somente no piso durante a reabilitação, que é plano e quente. Quando as aves estão em vida livre é difícil formarem calos, pois ficam na areia, no mar ou voando.

Sobre o PMP-BS

O PMP-BS abrange os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro (de Paraty até Saquarema). A extensa área a ser monitorada (mais de 1.500 km de costa) pelo PMP-BS é dividida em Área SC/PR (cuja execução é coordenada pela Univali), Área SP (cuja execução é coordenada pela empresa Mineral) e Área RJ (cuja execução é coordenada pela empresa Econservation).

O monitoramento engloba registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a gestão de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.

A população pode participar, acionando as equipes ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelos telefones:

PMP Área SC/PR e Área SP – 0800 642-3341

PMP Área RJ – 0800 999-5151

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