A Petrobras realizou nos dias 9 e 10 de abril um exercício simulado de resposta a vazamento de óleo com ações em campo e atividades em sala de treinamento. O exercício, de média complexidade, teve como cenário um vazamento de 112 mil litros de óleo no mar, em virtude do rompimento de riser da plataforma P-66, localizada a 290 km da costa do Rio de Janeiro, no campo de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos. Na simulação, não houve vítimas nem toque de óleo na costa e o abastecimento ao mercado não foi comprometido.
Embarcações, aeronaves, equipamentos e profissionais de várias áreas da companhia foram mobilizados para o simulado. No campo, as ações de contenção, segurança, manutenção e mitigação foram amplamente testadas e o Centro de Despetrolização e Reabilitação de Animais Marinhos no município de Rio das Ostras-RJ foi acionado para atender à fauna atingida pelo óleo, assim como as equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e do Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS) foram notificadas a reportar qualquer ocorrência de fauna oleada entre o litoral dos municípios de Laguna/SC e Saquarema/RJ, caso houvesse o registro. Representantes da Marinha e do Ibama foram convidados a participar do simulado e estiveram presentes como observadores e avaliadores.
As equipes da Petrobras formaram seções de Logística, Operações, Planejamento e Administração e Finanças, completando a Estrutura de Organização de Resposta (EOR), cuja atuação foi verificada ao longo do exercício, realizado de acordo com a metodologia ISC (em inglês, Incident Command System), modelo de gerenciamento de incidentes que permite aos vários agentes envolvidos uma abordagem integrada nas ações de respostas de emergência e a exercitar a elaboração e implementação de um Plano de Ação de Incidentes (IAP). Uma célula de simulações (SimCell) foi responsável por gerar situações e demandas correspondentes às consequências “reais” de um acidente de dimensões e complexidade semelhantes .
O desafio de responder eficazmente às diversas ações decorrentes do vazamento incluiu o atendimento à imprensa, ao Ministério Público e às diversas instâncias da sociedade civil e do governo, em um cenário que trouxe uma grande novidade: um vazamento de grandes proporções proveniente de um equipamento localizado em águas ultraprofundas, a mais de 2.000 metros da superfície, no pré-sal da Bacia de Santos, em consonância com o crescimento acentuado das operações nesta fronteira exploratória.