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Projeto de Monitoramento de praias (PMP) contribuiu para o controle e contenção de Influenza aviária no Brasil

Atualizado em 19/12/2024

Postado em 19/12/2024

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Os Projetos de Monitoramento de Praias realizados pela Petrobras nas Bacias de Santos (PMP-BS) e de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES) tiveram importante contribuição no diagnóstico, contenção e controle de emergência zoossanitária de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Brasil.
O surto da Influenza, causado pelo vírus H5N1, tem impactado as aves silvestres, sobretudo as marinhas migratórias, e outros animais, como os lobos-marinhos. Vale lembrar que, em maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou estado de emergência zoossanitária devido à disseminação da doença após a detecção dos primeiros casos em aves migratórias com sintomas neurológicos e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). 
O planejamento para o controle de disseminação foi consolidado em Planos de Ação para Resposta à Influenza Aviária no âmbito dos PMPs, solicitados pela Petrobras às instituições executoras dos projetos. 
Como ponto de partida, foram adotadas medidas sanitárias e de biossegurança para a proteção das equipes técnicas e dos animais em reabilitação, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) apropriados no atendimento aos animais suspeitos, salas de quarentena na admissão de aves nos centros de reabilitação, pedilúvios, desinfecção de equipamentos e ambientes, além de divulgação de material educativo.



O veterinário do SVO (Serviço Veterinário Oficial) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), Raoni Cipriano, exaltou o trabalho realizado pelo Projeto executado pela Petrobras. Segundo ele, o PMP foi fundamental para a identificação da doença logo no seu início e julga o Projeto de Monitoramento de Praias como um parceiro relevante na colaboração do combate ao IAAP.  “São os nossos olhos”, destaca.
Raoni lembra que o primeiro registro de IAAP no país foi feito pelo PMP-BC/ES, no Espírito Santo, o que alertou os profissionais para aumentar a vigilância na fauna e iniciar uma maior mobilização no combate ao vírus no litoral capixaba.  
Para Raoni, a agilidade e excelência do trabalho em conjunto com o PMP e demais órgãos foram essenciais para o SVO ampliar o monitoramento do vírus e comunicar às comunidades sobre a sua gravidade, sobretudo os pescadores locais.
 “A atuação do PMP foi muito importante nessa capilaridade, as equipes de campo foram fundamentais para identificar o IAAP. Tínhamos a notificação, entrávamos em contato e a equipe ia até o local. Fomos divulgando junto às prefeituras, intensificando essa parceria e a ação foi fundamental para que rapidamente pudéssemos atuar e conter esse foco”, destaca Raoni.


 

Relevância no contexto de saúde única e pública e da economia brasileira
Raoni também valorizou os esforços do trabalho de vigilância do PMP e o alinhamento com o SVO, ressaltando a sua prontidão e cooperação no trabalho em conjunto com os órgãos, tanto no monitoramento quanto nas coletas dos exames. Além disso, destacou a comunicação com o órgão veterinário: “Esse contato foi fundamental. E era prontamente, pois tínhamos o contato direto das pessoas responsáveis pela equipe”, diz Raoni. “Tinham áreas que a equipe do PMP já estava de prontidão e se deslocava entre os pontos de atuação” relembra.
A principal medida para a erradicação foram as testagens nos animais contaminados e a eutanásia autorizada pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) de aves sintomáticas, avaliando os casos suspeitos e respeitando os protocolos. 
Além do SVO, os PMPs também realizaram 1.154 testes de PCR para IAAP até o momento, sendo 1.127 em amostras de aves e 27 de mamíferos (essas últimas coletadas principalmente de lobos e leões-marinhos), de acordo com os dados do SIMBA, sistema que registra todas as informações relacionadas aos PMPs.
Dos 179 focos registrados pelo MAPA, 151 foram identificados pelos PMP-BC/ES e PMP-BS. As espécies mais afetadas pelo IAAP foram quatro espécies diferentes de trinta-réis, totalizando 140 casos (Thalasseus acuflavidus, Thalasseus maximus, Sterna hirundo e Sterna hirundinacea). 
Até o presente momento, o vírus não acometeu humanos no Brasil, mantendo o país livre de contaminação. A atuação e cooperação dos PMPs com o SVO contribuiu diretamente para a conservação das espécies e da saúde humana e animal, tendo relevância no contexto de saúde única e pública. 



O controle da disseminação da IAAP também tem grande importância econômica, prevenindo o escalonamento da doença para granjas comerciais. De acordo com um estudo da FGV Agro, realizado no início do surto do IAAP, o Brasil poderia ter um prejuízo anual de R$ 21,7 bilhões para a economia caso fosse impactado, já que é o maior exportador de carne de frango no mundo. 
Recentemente, o MAPA prorrogou o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, com o intuito de manter a vigilância. Ainda que o número de casos em 2024 seja menor do que em 2023, o trabalho para a contenção do IAAP ainda se faz desafiador, devido à chegada de aves migratórias que possam estar infectadas. Dessa forma, as equipes dos PMPs continuam em alerta, contribuindo para o monitoramento constante e atuação para prevenção novos surtos, em articulação com os órgãos oficiais responsáveis.
Como perspectiva para os próximos passos na contenção do IAAP, Raoni enxerga que a parceria dos órgãos ambientais com os PMPs e o aperfeiçoamento no combate ao vírus será fundamental.
Os Projetos de Monitoramento de Praias são projetos realizados pela Petrobras como condicionante de licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama. Além das praias das Bacia de Santos e Campos, o PMP atua também na Bacia de Sergipe e Alagoas (PMP-SEAL) e Bacia Potiguar (PMP-BP).

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